Webinar Transformação Digital no Senac/MG: Adotar estratégias digitais para promover mudanças não é uma escolha, e sim uma jornada a ser trilhada por todas as organizações que pretendem entregar valor nesta era de tantos desafios tecnológicos e com produtos e serviços baseados em experiências. Nesse webinar, o SENAC MG apresentou como estão promovendo transformações através da entrega ágil de processos digitais. Neste encontro foram abordados e detalhados os cenários de pré e pós implantação das soluções, assim como, as lições aprendidas, os principais desafios e os resultados obtidos.
Palestrantes:
Erika Quintela, Analista de Negócio no Senac em Minas
Analista de Negócios- CBPP®, ECMs®, graduada em Ciência da Informação (PUC-MG) e MBA em Gestão Estratégica de MKT (UFMG).
Rodrigo Pereira, Analista de Negócio no Senac em Minas
Graduado em tecnologia da informação pela Faculdade Pitágoras com especialização em Administração de Banco de Dados e MBA em gestão de projetos pela faculdade SENAC
Fabio Duran, Gerente de Projetos na Lecom Tecnologia
Mais de 20 anos de experiência na área de Tecnologia da Informação, com vivência em gerenciamento, coordenação, desenvolvimento e implantação de pequenos, médios e grandes projetos.
Confira abaixo algumas perguntas feitas durante o Webinar que relatam como o Senac MG desenvolveu sua Transformação Digital!
Há algum tempo ouço falar da metodologia ágil para a gestão de projetos de TI. A sugestão da Lecom aqui é que a metodologia ágil de processos deve substituir as metodologias tradicionais em quaisquer circunstâncias e tipos de projetos de processos, ou em casos específicos?
Fabio Duran: “Eu gosto de dizer que o desenvolvimento ágil acaba utilizando uma abordagem muito mais incremental e interativa do que em um desenvolvimento tradicional. No método tradicional, geralmente se define e documenta detalhadamente todas as fases do projeto, desenvolve e o cliente acaba vendo o resultado somente no final. Enquanto no método ágil isso é feito em pequenas partes, também chamadas interações e o cliente acompanha o desenvolvimento do produto ao longo do projeto, já recebendo partes que vão gerar valor. Vejo que não existe uma regra para definir se uma empresa precisa adotar o ágil ou o tradicional, o importante é entender a diferença entre cada um e fazer uma boa análise do projeto para enquadrar a metodologia que melhor atenderá aos seus objetivos”.
Como foi feita a priorização de processos para torná-los ágeis e digitais?
Rodrigo: “Em relação à priorização, ela foi ocorrendo de acordo com a análise, nós conseguimos trabalhar em paralelo processos mais complexos e também processos que nós vimos que teríamos um ganho muito rápido, não em relação a aplicar aquele processo, pois o trâmite era moroso, mas o processo em si era de certa forma simples, era rápido e simples de ser implementado”.
Quais as dificuldades enfrentadas nestes processos de automatização? Houve alguma resistência entre os usuários ou coordenadores de área? Caso positivo, o que foi feito para eliminar essa resistência?
Erika: “Eu elenco principalmente a questão da cultura, que é uma quebra de paradigma muito grande, principalmente pra gente como analista de negócio que a gente quer quebrar as barreiras e quer fazer as gestões enxergarem os seus gaps e enxergarem até a visão sistêmica e as interfaces entre as áreas, tentar fazer uma coisa mais fluída e uma conversa entre as áreas. De fato nós tivemos algumas dificuldades, principalmente pra mostrar tudo aquilo que eles faziam de forma manual, de forma física. Se a pessoa está com resistência, subimos em escala e levamos essa ideia, porque a gente já tem ali os as is’s, os to be’s entendidos e o ganhos do que vai ser aquele processo, ganho nos três pilares: de qualidade, de custo e de prazo, isso é o mínimo Então já levamos o processo com o ganho que vamos obter. Agora quando a gente faz a transformação do processo em si, a gente ganha muito mais e eleva a cultura da empresa pra um mundo digital mesmo, que é o que a gente quer”.
Rodrigo: “A visão deixa de ser horizontal e passa a ser vertical, onde uma atividade é direcionada pra outra área interagir e elas passam a se comunicar. Então o processo passa a ser disseminado, começa a ser trabalhado”.
Nesta metodologia ágil (onde os processos podem mudar rapidamente) quando há alterações no processo com atividades já em execução o Lecom altera as atividades anteriores ou somente para os novos processos?
Erika: “No caso da ferramenta em si, na hora que ela publica nova versão do próprio processo ela não tem problema com isso, a gente já trabalhou com outras ferramentas e de fato isso era um problema, na hora publicávamos uma nova versão e ai ficava a versão anterior dando problema e a nova funcionando, mas nós não temos problemas hoje em relação a isso”.
Houve algum tipo de integração com o ERP?
Erika: “Sim, houve uma integração no cadastro de item. Nós também quisemos colocar essa integração com ERP, principalmente porque a gente viu no inicio do mapeamento que muitas vezes o próprio usuário não conseguia fazer a pesquisa desse item e na verdade esse item já tinha muitas vezes no próprio ERP. Então a gente colocou essa integração pra que ele pudesse consultar se existe ou não o item também antes de uma forma tranquila pra ele mexer. A tela em si é uma tela muito simples onde as pessoas conseguem visualizar de fato o que eles vão trabalhar. A gente vê que o usuário teve muita aderência.”
Ao tornar os processos digitais vocês conseguiram diminuir a burocracia?
Rodrigo: “Creio que sim, a gente conseguiu minimizar muito, tanto que várias áreas nos procuram pra melhorar cada vez mais, eles sentiram que aquilo gerou resultado”.