Enquanto leio a manchete do dia destacada nas redes sociais: “Gastos mundiais com TI são projetados para totalizar US$ 3,9 trilhões em 2021 – Gartner”, é praticamente impossível não refletir sobre as evoluções que sempre tenho acompanhado em especial no mercado de tecnologia, ao longo dos meus 26 anos de atuação profissional em diversos setores. Sem dúvida que a cada ano, seja com crises locais, globais ou até mesmo agora com a pandemia, os números desse mercado sempre aumentam de forma expressiva. Acho que ninguém mais tem quaisquer dúvidas de que a tecnologia é parte integrante, e com expressiva relevância, de qualquer negócio, mas tenho a percepção de que estas cifras poderiam ser também alocadas para aumentar a própria inteligência da criação das soluções, consequentemente, aumentando a assertividade do sucesso com os clientes, que é o objetivo de qualquer empresa.
Me explico trazendo algumas de minhas reflexões de caráter contributivo. Por que falamos tanto na humanização dos negócios, mas cada vez mais os pontos de contato estão envelopados em soluções robotizadas e padronizadas? Por que os gestores investem um valor considerável em automação de inbound marketing, mas possuem aversão às ofertas que chegam a eles por qualquer meio digital? Ah, sem falar nas famosas ferramentas de growth hacker, que prometem resultados rápidos, crescimentos vertiginosos, mas na prática da maioria dos casos, apenas criam rotinas que ofertam produtos e serviços em massa, com uma pseudo-mensagem amigável incluindo o nome da sua empresa, inventando um senso de urgência, mas sequer olharam o seu website, que é público, para checar que aquela oferta não possui qualquer fit com o seu negócio. Ou seja, CNPJ não é sinônimo de lead e que pena que a boa e velha ligação telefônica não escala… Seria essa desconexão entre oferta x necessidade o motivo da aversão dos gestores quanto ao inbound? Penso que existe ainda um espaço imenso para implementar melhorias e soluções nas próprias soluções. Mentalidade ganha-ganha, em qualquer contexto, nunca saiu de moda…
Bom, mas me sinto como parte integrante desse mercado, não me cabe somente questionar, afinal, protagonismo é uma palavra chave desses tempos modernos e pessoalmente, acredito muito na força que ela transmite. Tenho a plena convicção de que as respostas para estas melhorias estão no próprio cliente, para ser mais exata, na figura das pessoas com quem nos relacionamos ou queremos nos relacionar. Trazer as pessoas para o centro dos negócios é sem dúvida um grande desafio e em meus relacionamentos corporativos, sempre estive muito atenta para conhecer quais soluções poderiam impulsionar e abordar este tema de forma direta. Foi exatamente neste ponto que decidi me envolver com o universo da transformação digital e a entender um pouco mais sobre o papel da automação de processos digitais dentro deste imenso contexto.
Fui fisgada primariamente pelo principal apelo desta tecnologia que é a junção de pessoas, processos e tecnologia. De alguma forma, essa tríade parecia endereçar algumas de minhas reflexões. E então, como o universo sempre dá aquele help conspirando a favor, tive a grata oportunidade de me juntar ao time de uma empresa que respira processos digitais há mais de 25 anos, a Lecom. Quando passei a mergulhar nos casos de sucesso dos clientes e entender melhor quais foram os fatores chave, adivinha? Sim, pessoas foram o diferencial.
A simplicidade de desenhar um processo digital, contemplando as pessoas e todos os ecossistemas envolvidos, contribui de maneira progressiva para que os produtos e serviços ofertados aos clientes, tenham cada vez mais aderência com as suas reais dores. Proporcionar o desenvolvimento de uma solução digital de maneira visual e sem aquele monte de códigos, além de colocar todos na mesma página de entendimento, é sem dúvida também uma maneira bastante efetiva de se democratizar a tecnologia.
No momento atual, tem sido bastante prazeroso olhar a transformação digital com um certo grau de tangibilidade. A forma como processos digitais criam um alicerce estratégico, sem desconsiderar as pessoas e a cultura das organizações, que por vezes são e foram construídas e nutridas durante anos, certamente facilita e aumenta as chances para que essa jornada de transformação seja bem sucedida. E se por acaso você ainda não acredita que tecnologia é sobre pessoas, permita-me te provar o contrário 😉