Compreender o que é o RPA 2.0 é o primeiro passo para a transformação digital e o avanço da companhia em busca de novas formas de operar e conquistar lucros mais expressivos. Por meio dessa tecnologia, cada vez mais empresas encontram meios de entregar produtos e serviços de qualidade, em menos tempo e com mais eficiência.
Prova disso são os números do Business Research Insight: uma pesquisa identificou que, em 2024, o mercado de automação robótica de processos (RPA) foi avaliado em US$ 6,16 bilhões, com expectativa de chegar aos US$ 29,92 bilhões em 2032. Esse avanço de 21,85% justifica-se pelas inúmeras vantagens da tecnologia.
No relatório, os principais motivos para a busca pelo RPA são a redução de erros causados pela ação humana, aumento da eficiência operacional e melhoria nos processos digitais da companhia.
Mas, afinal, o que é o RPA 2.0? Para que serve essa tecnologia? O que muda ao aplicá-la ao negócio?
É o que falamos neste artigo! Hoje, explicamos:
- o que é o RPA 2.0;
- quais as vantagens, desafios e diferenciais dessa abordagem;
- quando e como aplicá-la ao seu negócio com segurança.
Vamos lá? Boa leitura!
O que é o RPA 2.0?
Chamamos de RPA 2.0, ou RPA cognitivo, a evolução da metodologia tradicional de automação robótica de processos. Neste novo cenário, há uma aplicação mais contundente das tecnologias como a inteligência artificial (IA), processamento de linguagem natural (NLP) e aprendizado de máquina (ML) para melhorar a execução de tarefas mais complexas e de maior valor para o negócio.
Para compreender melhor a diferença entre o que é o RPA 2.0 e o tradicional, veja a tabela a seguir:
| ASPECTO | RPA | RPA 2.0 |
| Base tecnológica | Regras fixas | IA, ML, NLP |
| Dados processados | Estruturados | Estruturados e não estruturados |
| Capacidade de adaptação | Baixa (processos rígidos) | Alta (autoaprendizado) |
| Integração | Limitada | Avançada, com sistemas complexos |
Quais os maiores diferenciais do RPA 2.0?
Como apresentamos na tabela acima, os maiores diferenciais do RPA 2.0 em relação ao tradicional estão na inteligência, adaptabilidade e capacidade de lidar com processos mais complexos.
A seguir, apresentamos outros aspectos igualmente cruciais que tornam essa tecnologia quase indispensável para negócios que buscam manter a competitividade.
1. Contexto e análise avançada
Com as tecnologias corretas, o RPA 2.0 entende o significado de textos, emoções e intenções, seja por meio da troca de mensagens ou envio de áudios, vídeos e outras formas de mídia. Assim, é possível responder e-mails de forma automática, com base no contexto do primeiro contato, de forma personalizada, sem desrespeitar o tom de voz do cliente.
2. Automação inteligente e preditiva
O RPA 2.0 antecipa problemas e oportunidades com base no histórico de ocorrências para identificar e evitar falhas ou promover otimizações. Ou seja, é possível “prever” as tendências positivas ou negativas para aproveitar o que for bom e afastar aquilo que oferece prejuízos ou atrasos ao fluxo de trabalho.
3. Integração avançada com outros sistemas
O suporte à integração mais amplo e dinâmico, com uso de aplicativos, permite a criação de banco de dados mais complexos, sem perda de conteúdo nativos dos sistemas anteriores. Além disso, é possível alinhar o RPA 2.0 aos softwares de ERP (planejamento de recursos empresariais) e CRM (gestão de relacionamento com clientes), por exemplo, para potencializar os resultados.
4. Monitoramento e análise em tempo real
O RPA 2.0 oferece insights valiosos sobre o desempenho dos processos e permite uma análise completa, em tempo real, sobre o funcionamento das tarefas, times e tecnologias. Você pode, por exemplo, emitir relatórios que destacam eventuais gargalos e aproveitar as informações para identificar novas oportunidades de melhoria.
Estes são apenas alguns dos diferenciais do RPA 2.0 que justificam a busca pela sua implementação. Outros aspectos muito importantes para determinar a escolha por essa tecnologia são as vantagens de aplicá-la ao negócio, conforme veremos adiante.
3 vantagens de aplicar o RPA 2.0
Compreender o que é o RPA 2.0 e seus diferenciais é importante para o próximo passo: desfrutar de seus benefícios. Afinal, se você vai investir em tecnologias para sua companhia, é essencial obter boas vantagens, certo? Para te ajudar nesse sentido, confira as 3 maiores vantagens de aplicar o RPA 2.0 ao seu negócio.
- Mais eficiência em processos complexos: o RPA 2.0 utiliza IA e ML para lidar com tarefas complexas e dados estruturados. Essa análise inteligente reduz significativamente o tempo e recursos necessários para executar processos que, de outra forma, dependeriam de ação humana;
- Tomada de decisões com análise avançada: bots inteligentes analisam e geram relatórios completos sobre o funcionamento e eficácia dos processos. Assim, você coleta dados sólidos e atuais sobre as operações e toma decisões mais assertivas, baseadas em informações completas, e não em achismos;
- Escalabilidade e redução de custos operacionais: o RPA 2.0 permite a escalada de operações automatizadas sem necessidade de aumento proporcional de custos ou mudanças nas infraestruturas tecnológicas. Assim, você adapta seu fluxo às novas necessidades enquanto mantém os padrões de qualidade pré-estabelecidos.
Essas são as principais vantagens de aplicar o RPA 2.0 e mostram como essa abordagem vai além da automação para proporcionar melhorias significativas em produtividade, eficiência e entregas de mais qualidade.
Porém, para desfrutar desses benefícios, é crucial compreender como aplicar o RPA 2.0 de forma segura. Assim, você garante uma transformação completa e eficaz para seu negócio. Vamos aprender os primeiros passos para adotar essa tecnologia?
Desafios ao implementar o RPA 2.0
Assim como existem as vantagens, na implementação do RPA 2.0 também há desafios a se levar em consideração. Ainda que nenhum deles seja o suficiente para diminuir a eficácia dessa metodologia, é importante conhecê-los para não ser pego de surpresa durante a adoção da tecnologia. Conheça alguns exemplos a seguir:
1. Complexidade na integração com sistemas legados
Algumas empresas ainda operam com sistemas antigos e desatualizados, o que torna a integração do RPA 2.0 mais complexa. A falta de APIs e softwares compatíveis pode dificultar e encarecer a adoção, o que, muitas vezes, faz com que a substituição dos programas antigos seja mais eficiente do que a adaptação.
2. Gestão de dados e segurança
O RPA 2.0 lida com grandes volumes de dados e, ao incorporá-lo, acessa informações sensíveis. Esta característica levanta preocupação, especialmente entre gestores mais conservadores — ainda que os softwares mais modernos e de companhias idôneas sejam 100% seguros.
3. Mudança cultural
Pode ser difícil convencer os colaboradores de que a implementação do RPA 2.0 é uma aquisição valiosa, e não uma substituição da força de trabalho humana. É essencial oferecer treinamentos e conscientizar os times quanto à importância das novas ferramentas no dia a dia operacional para evitar prejuízos, atrasos e falhas.
Quando aplicar o RPA 2.0?
O RPA 2.0 é altamente indicado para empresas que precisam automatizar de forma inteligente suas operações, ou seja, tornar a execução de atividades mais eficiente. Idealmente, essa tecnologia é recomendada para negócios que buscam mais do que a mera realização autônoma de tarefas e desejam incluir a tomada de decisões baseadas em inteligência artificial.
Alguns exemplos claros de aplicação do RPA 2.0 são:
- processos com alto volume de dados não estruturados;
- tarefas que exigem aprendizado e adaptação;
- automação de processos complexos;
- redução de erros e conformidade regulatória.
Em outras palavras: se a sua empresa precisa automatizar processos de forma inteligente, complexa e flexível, o RPA 2.0 é a solução ideal para sua necessidade!
Como aplicar o RPA 2.0?
A aplicação do RPA 2.0 envolve uma abordagem estratégica, que combina análise de processos, integração de tecnologias e gestão contínua para alcançar resultados eficientes. Você deve seguir alguns passos essenciais para garantir o sucesso na adoção, que são:
- identificação e mapeamento dos processos para automatizar;
- escolha das ferramentas corretas;
- planejamento e projeção da solução;
- configuração dos bots;
- realização da implementação e monitoramento do desempenho;
- melhoria contínua.
Essas são as etapas básicas para saber como implementar o RPA 2.0, porém, é importante ter em mente que, a depender da complexidade dos processos, você pode precisar de mais passos — como realização de testes e treinamento de times especializados.
Por este motivo, a escolha da ferramenta de RPA 2.0 é essencial no momento da decisão. Afinal, a parceria correta te auxilia em todos os momentos, desde a pesquisa de processos até a evolução e escalada das tecnologias.
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