Para entender o que é Controle Estatístico de Processo, ou simplesmente CEP, não precisamos ir muito longe. Trata-se de uma ferramenta que tem, como principal objetivo, permitir que as empresas monitorem seus processos e soluções.
O recurso foi desenvolvido por Walter Shewhart no começo do século XX, focado especialmente nas indústrias. Na década de 1960, a análise se tornou ainda mais popular porque começou a ser aplicada no ciclo PDCA.
Antes da criação do CEP, a qualidade do produto só era analisada no momento da saída. Porém, o especialista observou que era necessário verificar todo o processo para melhorar a produção e entregar resultados mais satisfatórios.
Quer saber mais sobre a importância e como fazer o Controle Estatístico de Processo? Então, continue a leitura!
O que é Controle Estatístico de Processo?
O Controle Estatístico de Processo (CEP) é uma metodologia usada na gestão da qualidade industrial e em processos de produção para monitorar e controlar a qualidade de produtos ou serviços ao longo do tempo. Sua base está em princípios estatísticos, garantindo que um processo funcione de maneira consistente e em limites aceitáveis de variação.
Sendo assim, uma das principais finalidades do CEP é detectar essas possíveis variações, possibilitando a tomada de ações corretivas antes que problemas mais graves ocorram.
A prática contribui para a redução de defeitos, o aumento da eficiência e, consequentemente, a melhoria contínua da qualidade. Com isso, já dá para entender um pouco mais sobre a importância do CEP, mas falaremos mais sobre esse aspecto a seguir.
Como funciona o Controle Estatístico de Processo?
Basicamente, o CEP é um recurso usado para identificar as saídas que não estão de acordo com o planejado.
Quer ver um exemplo de Controle Estatístico de Processo? Se o objetivo de uma empresa de logística é entregar produtos seguros no prazo, essa é a saída desejada. Já a entrada consiste no controle de estoque e outras etapas iniciais.
Sendo assim, ao fazer o controle, a raiz do problema pode ser extinguida e o fluxo normalizado. Para tanto, a ferramenta analisa dois tipos de variações que podem constar no processo:
- comuns: aleatórias e inevitáveis que, portanto, não podem ser previstas e eliminadas. Exemplo: enchentes e greves de caminhoneiros;
- especiais: ocorrem quando o sistema apresenta desvios fora dos limites e são consequência de falhas identificáveis. Exemplo: não dispor de estoque suficiente para atender o cliente.
Qual a importância do Controle Estatístico do Processo?
Se uma empresa tem apenas variações comuns, significa que a sua entrega é estável e previsível. Porém, o status só pode ser alcançado se houver um controle dos processos.
Além disso, quando a análise existe, a organização consegue diminuir desperdícios de tempo e de matéria-prima, promovendo a melhoria contínua em todas as fases de produção.
A partir da análise de saída do processo e de tudo o que o envolve (desde temperatura até taxa de rotatividade de profissionais), é possível estabelecer quais ações devem ser feitas.
Inclusive, nas indústrias, o uso do CEP também evita que haja variabilidade, ou seja, que o mesmo fluxo de trabalho gere produtos divergentes.
Os pontos acima mostram a importância do Controle Estatístico de Processo, que é amplamente usado em setores industriais, como manufatura, produção de alimentos, farmacêutica e muitos outros, nos quais a qualidade e a consistência dos produtos são cruciais.
A ferramenta também ajuda as companhias não apenas a evitar desperdícios e reduzir custos de produção, mas principalmente, a aumentar a satisfação do cliente, uma vez que garantem que os produtos ou serviços atendam às especificações e aos padrões de qualidade.
Como fazer Controle Estatístico de Processo?
O Controle Estatístico de Processo (CEP) é um processo sistemático que inclui várias etapas. Separamos algumas dicas para você entender como usar a ferramenta a seu favor.
1. Identifique o processo a ser controlado
Um processo é uma série de etapas inter-relacionadas e que transforma as entradas (insumos) em saídas (produtos ou serviços prontos para venda e consumo).
Sendo assim, a definição do processo a ser averiguado é essencial. Afinal, ele precisa ter relevância, com um impacto direto na qualidade da solução final.
2. Defina as características críticas
Características críticas são aquelas que têm uma repercussão significativa na satisfação do cliente ou no desempenho do produto, portanto, devem ser monitoradas e controladas de forma rigorosa.
A definição pode incluir dimensões, peso, temperatura, tempo de ciclo, taxa de defeitos, entre outras.
3. Colete dados
Comece a coletar dados sobre as características críticas identificadas. As informações podem ser verificadas manualmente por operadores ou automaticamente por sensores, dependendo do processo.
4. Calcule os limites de controle
Normalmente, são calculados usando estatísticas, como média, desvio padrão e outras medidas relevantes. Os limites incluem o Limite Superior de Controle (LSC) e o Limite Inferior de Controle (LIC).
5. Crie o gráfico de controle
Desenhe o gráfico de controle com os limites calculados e os dados coletados. Novos dados serão adicionados ao gráfico conforme o processo avança.
6. Monitore o processo
Essa é uma etapa que deve ser feita continuamente, registrando novos dados e colocando-os no gráfico de controle. Observe qualquer ponto que saia dos limites de controle ou exiba padrões anormais.
7. Identifique causas especiais
Se um ponto estiver fora dos limites de controle ou se houver um padrão anormal, inicie uma investigação para identificar a causa raiz do problema.
A etapa envolve a análise de dados adicionais e o uso de ferramentas específicas, como o Diagrama de Ishikawa (espinha de peixe) ou o 5 Porquês.
8. Implemente ações corretivas
Uma vez que a causa foi identificada, é necessário resolver o problema. A prática inclui ajustes no processo, treinamento de pessoal, manutenção de equipamentos, etc. Após a implementação, é fundamental monitorar a eficácia das ações para garantir que tenham o efeito desejado e que o processo permaneça sob controle.
Lembre-se de que o CEP é uma ferramenta de melhoria contínua. Ao longo do tempo, você pode ajustar seus limites de controle com base em dados atualizados. Também é possível aprender com as ações corretivas implementadas para tornar o processo mais estável e eficiente.
Como usar o Controle Estatístico de Processo?
Uma forma de aplicar o controle estatístico de processos é por meio do PDCA, um método que consiste em planejar, fazer, checar e agir (Plan, Do, Check and Act). Assim, é possível organizar as principais questões, como o que será medido, o que pode influenciar nos resultados e quais informações são mais importantes.
Depois de saber quais dados serão levantados, é necessário escolher um profissional apto para coletar as informações. Também deve-se escolher o software e o gráfico que será usado para a análise dos resultados obtidos.
Lecom Tecnologia: a melhor plataforma para gestão de processos
Agora que você já entende o que é Controle Estatístico de Processo, saiba que pode contar com a tecnologia para ser sua aliada na implementação e no monitoramento do método.
Afinal, ao aliar o CEP com uma plataforma de gestão inteligente, é possível aprimorar a qualidade e eficiência operacional nas organizações.
Assim, os dados ficam centralizados e acessíveis, facilitando a identificação rápida de áreas que necessitam de ajustes, reduzindo defeitos, otimizando recursos e fortalecendo a conformidade com padrões e normas.
Portanto, a sinergia entre o CEP e uma plataforma de gestão não apenas impulsiona a qualidade do produto ou serviço, mas também promove eficiência operacional e economia de recursos.
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