Megadados ou Grandes Dados em português é o conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais em grande volume, variedade e velocidade. O termo Big Data surgiu por volta de 2005 com o Google. O fato é que a partir da última década houve uma crescente de dados exponencial, no popular, uma “explosão” de dados que preocupam os especialistas pela falta de espaço.
Pense no volume e na variedade de dados que você produz e guarda no seu dia a dia, já é bastante não é? Agora pense nos bancos, operadoras de telefonia, serviços de busca on-line, sites de e-commerce, redes varejistas, redes sociais, Google, enfim, são grandes volumes de informações.
De acordo com a IBM, em 2008 foram produzidos cerca de 2,5 quintilhões de bytes todos os dias e surpreendentemente 90% dos dados no mundo foram criados nos últimos dois anos (com isso, podemos imaginar quanto terá aumentado ao final de 2015 ou 2016) decorrente a adesão das grandes empresas à Internet, como exemplo as redes sociais, dados dos GPS, dispositivos embutidos e móveis, etc. Incrível não é?
Para exemplificar os avanços que essas tecnologias proporcionam, pense em uma rede de fast food que controla em tempo real seu fluxo de mercadorias e cruza os dados dos GPS dos caminhões dos seus fornecedores. Ou então, uma empresa que tira fotos de satélites e vende aos seus clientes informações em tempo real sobre a disponibilidade de vagas de estacionamento livres em uma cidade em uma determinada hora. Ou ainda, a gigante Google, que oferece a hospitais e universidades espaço na nuvem para armazenar genomas (são 25 dólares por ano para guardar um genoma). Mas apenas armazenar esses dados não basta! O desafio é saber encontrá-los, analisá-los e aproveitá-los em um tempo otimizado e gerar resultados importantes – sem desperdícios. Pois bem… É nesse ponto que o conceito de Big Data entra em cena.
De acordo com uma pesquisa da EMC realizada com empresas, houve um aumento de 400% no desperdício de dados. Um sinal claro de que elas continuam despreparadas para lidar com a grande produção de dados. Está percebendo como o Big Data pode e poderá impactar no seu negócio?
O conceito contribui não apenas com o cotidiano de empresas, mas também de governos e demais instituições de diversos setores. Se uma companhia souber como utilizar os dados que possui, poderá otimizar seu portfólio de produtos, criar novas estratégias de marketing, minimizar gastos, otimizar a produção e o tempo, superar um concorrente, enfim… A velocidade de análise e a disponibilização dos dados permitem tomadas de decisões e melhoria de muitos outros aspectos relacionados ao negócio.
Para facilitar o entendimento do conceito, considere os aspectos dos cincos ‘Vs’ – volume, velocidade, variedade, veracidade e valor:
Volume: enormes quantidades de dados;
Velocidade: o tratamento dos dados (armazenar, encontrar, analisar, distribuir, aproveitar, alterar, eliminar…) deve ser feito em tempo hábil, muitas vezes em tempo real;
Variedade: há diversidade de informações, dados estruturados e não estruturados, é preciso saber combiná-los;
Veracidade: é necessário que haja processos que garantam o máximo possível, a consistência dos dados, não pode haver a chance de manipularmos dados não confiáveis;
Valor: os dados precisam ser consistentes, nenhuma instituição toma decisões e investe se não houver expectativa de retorno.
Antes de você correr para o Google e digitar “solução para o Big Data”, é importante você saber que sim, de fato a tecnologia analisa enormes quantidades de dados e obtêm informações/dados/números relevantes que não seriam possíveis de outra forma, entretanto… As informações não possuem valor sem alguém que as gerenciem, que tenha objetivos e metas, que trace um plano…
Podemos concluir que o Big Data pode ser tão importante para os negócios e sociedade, quanto a Internet se tornou. Mais dados podem levar a realização de análises mais precisas, e essas, podem levar a tomada de decisões mais confiantes e consequentemente uma maior eficiência operacional, redução de custos e riscos.
