Embora falar sobre transformação digital tenha se tornado corriqueiro, principalmente no mundo pós-pandemia, quando se pensa nas cooperativas brasileiras há algumas particularidades.
Pesquisas mostram que quase 90% das cooperativas consideram a transformação digital prioridade para a adaptação ao novo mercado. No entanto, mais de 55% dos gestores ainda têm dificuldade para desenvolver serviços adequados ao mundo pós-pandemia.
Para entender esse movimento, precisamos destacar que o cooperativismo no nosso país é um modelo de negócios tradicional, geralmente marcado por processos analógicos.
E embora as cooperativas estejam crescendo (assim como as oportunidades), a grande dúvida das diretorias é sobre por onde começar suas jornadas de digitalização.
Ao longo de nossa experiência, percebemos que os principais gargalos de produtividade das cooperativas estão relacionados aos processos.
E com o crescimento do sistema cooperativista, surge a necessidade de olhar para esse desafio de forma controlada, organizada e estruturada. Afinal, com o aumento da demanda, é de extrema importância acompanhar o andamento dos processos operacionais para ganhar eficiência.
Nesse cenário, as cooperativas vêm percebendo a necessidade de automatização, já que os fluxos manuais não comportam mais as necessidades do novo mercado.
Não é à toa que um levantamento da PwC constatou que cem por cento das cooperativas de crédito concordam que as tecnologias digitais podem beneficiar o setor, e que a automação de processos aparece como uma das principais soluções para reduzir custos, melhorar o dia a dia e transformar a jornada do cooperado por meio de experiências incríveis.
Hoje, os associados exigem velocidade. Mas isso não é tudo: é preciso assertividade, controle e inteligência na execução dos processos.
Nesse contexto, o primeiro passo é descobrir o que é importante para o cooperado. Essa também é a hora certa para identificar gargalos, corrigi-los, e, então, realizar a automatização.
Por natureza, o sistema cooperativista precisa lidar com muitos fluxos diferentes, e os atrasos ou gaps de eficiência podem afetar diretamente o associado.
Na era da Customer Experience (CX), a entrega de valor para o cliente tem papel central nas operações dos negócios bem-sucedidos.
Para isso, as cooperativas precisam investir em inovação e produtividade, revendo modelos operacionais para atender melhor às demandas do novo perfil de cooperados, que são ao mesmo tempo clientes e donos do negócio.
Além desse aspecto, na era pós-pandemia o sistema cooperativista tem outros desafios pela frente: o equilíbrio das finanças e o cumprimento do papel social.
Felizmente, a automação de processos vem facilitando esse caminho. Ao colocar as pessoas no centro do negócio, a experiência do associado passa por transformações importantes, o que contribui, inclusive, para a expansão do sistema e para a ampliação do conhecimento sobre esse modelo de negócios.
Quando boas experiências são compartilhadas no oferecimento de serviços de valor para o associado, as chances de o usuário satisfeito indicar o serviço para outros clientes em potencial são ainda maiores.
Já está claro que o processo de digitalização é uma necessidade. Mas para o projeto de automatização de processos dar certo, o conselho, a diretoria e todos os colaboradores precisam comprar a ideia para ajudar na mudança de cultura da cooperativa.
Um dos grandes entraves nas jornadas de transformação digital é a resistência das pessoas ao novo.
Os colaboradores tendem a temer a perda de espaço e seu protagonismo. Por isso é fundamental que a diretoria participe ativamente da jornada para mostrar que a automação tem como objetivo oferecer benefícios para toda a organização.
Falando sobre o assunto, vale destacar que todas as áreas das cooperativas vêm se beneficiando desse investimento, como, cadastro, limites e riscos, crédito, RH, jurídico, financeiro, compliance, administrativo e comercial.
Com a automação de processos, fluxos lentos, como, por exemplo, o trânsito de documentações, apresentam mudanças drásticas. Não é difícil encontrar casos de fluxos que levavam 20 dias para serem concluídos, e que agora são totalmente realizados em apenas 10 minutos.
Os resultados são rápidos, visíveis e rastreáveis. A melhora da eficiência com o SLA ajustado, a redução de retrabalho e o ganho de agilidade são rapidamente percebidos pelas cooperativas.
É preciso ter em mente que a transformação digital tem como objetivo utilizar soluções tecnológicas para melhorar a vida das pessoas, e trabalhar com processos digitais é o primeiro passo para que a transformação aconteça.
A implementação da automação inteligente de processos nas cooperativas oferece uma série de benefícios para o aumento da eficiência operacional. Entre eles estão:
Redução do tempo de resposta ao associado
Com maior fluidez dos processos, o desempenho da equipe é otimizado. Dessa forma, há redução no tempo de execução das tarefas e do esforço necessário para o seu cumprimento. Assim, o cooperado também se beneficia da automação, tendo suas necessidades atendidas de forma mais rápida e assertiva.
Controle e transparência de informações
As cooperativas têm o desafio de lidar com diversos documentos diariamente, o que dificulta o acesso às informações. Com a automação de processos, é possível resolver esse gap, tornando o acesso aos dados mais simples e rápido.
Menos papéis, planilhas e e-mails
Com a integração de sistemas, as folhas impressas e o tráfego de informações dentro da cooperativa são reduzidos de forma significativa, aumentando a produtividade dos colaboradores e diminuindo o tempo de execução dos processos.
Para dar conta do novo mercado, as cooperativas precisam aumentar sua eficiência operacional, e o passo mais importante a ser dado envolve olhar para os processos em execução e melhorar sua assertividade.
É hora de desapegar dos processos analógicos para escalar os serviços prestados, otimizar a experiência dos associados e facilitar o crescimento dos negócios.
Após a crise provocada pela pandemia, 64,6% das cooperativas aceleraram a promoção de inovações, e a nossa plataforma está auxiliando as cooperativas em suas jornadas de transformação digital.
Quer saber mais? Confira nosso webinar sobre transformação digital nas cooperativas brasileiras!
Tiago Amor VP de Vendas – Lecom Tecnologia |
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Luis Carlos Krupp CEO da Krupp Consultoria |
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Rodrigo Junqueira Diretor da Nexum |