Tiago Amôr, Diretor de Operações da Lecom, foi convidado para participar do estudo internacional Delphi Study on ‘BPM Capabilities in the Age of Digitization’. Esse estudo é liderado por: Michael Rosemann, Maximilian Roeglinger, Ulrich Koenig, and Georgi Kerpedzhiev. Foram convidadas 28 pessoas ao redor do mundo e no Brasil, tivemos a honra da participação. Esse estudo começou em janeiro e terminou em abril/2017 e apresenta o momento atual e as principais tendências de BPM segundo os maiores especialistas no mundo (tanto os líderes do estudo quanto os 28 profissionais de mercado que fazem parte).
Nesse webinar discutimos o tema da pesquisa, sobre como ela é motivada pelo defasamento entre o atual conhecimento BPM e os requisitos emergentes em uma economia digital em rápida mudança.
Sobre o palestrante: Tiago Amôr – PMP, CBPP, Diretor Estadual SP da ABPMP.
Confira abaixo algumas das perguntas respondidas por Tiago Amôr:
Olá Tiago, obrigado por compartilhar conosco. Então, com a transformação digital, o atual CBOK-V3 pode ser totalmente reestruturador?
Tiago: Primeiramente acho bom esclarecer que essa é uma pesquisa independente. As pessoas envolvidas são pesquisadores e trouxeram para o debate EXPERTS com e sem envolvimento com a ABPMP e do mundo TODO.
Sendo assim ela não se balizou na evolução do CBOK ou qualquer livro. Porém claro que ela nos faz pensar como esse guia de conhecimento fica???
Na minha opinião novos modelos sempre conviverão com antigos por um período. Não dá para prever o quanto mas historicamente é assim. O CBOK continua sendo muito útil mas seguir ele cegamente nunca foi saudável e agora mais do que nunca.
De qualquer forma ele tem um conjunto de conhecimentos muito rico que precisa continuar sendo estudado e termos cada vez mais o envolvimento de profissionais que se envolvam para contribuir nessa evolução.
Não sei se entendi, mas existe uma perspectiva de uma “modelagem ÁGIL”, na Era Digital. Uma perspectiva de simplicidade, de alto valor para o cliente… algo assim?
Tiago: O ÁGIL está cada vez mais em tudo principalmente como mindset. Lembre-se que ÁGIL não significa rápido e mau feito mas essencialmente:
- Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas
- Software em funcionamento mais que documentação abrangente
- Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos
- Responder a mudanças mais que seguir um plano
MP colaborativo não seria a incorporação das Análise de Redes Sociais(SNA – Social Network Analysis) e Análise de Rede Organizacional (ONA – Organizacional Network Analysis) no BPM?
Tiago: É uma hipótese. A pesquisa não cita isso mas é uma linha interessante.
Sempre foi dito que para implementar BPM não é necessário um BPMS, BPM é uma filosofia e não uma ferramenta e quer dizer que agora a escolha de um BPMS fará parte da implementação BPM. A era digital…Tiago , trabalho com a automatização de processos em ferramentas BPM desde 2009, sempre usando Waterfall … tenho um pouco de dificuldade em colocar esse desenvolvimento em Agile, você me indica algum artigo que fale mais sobre esse assunto?
Tiago: Primeiramente quando falamos de Digital não estamos falando somente de BPMS e sim tudo que compreende a utilização de Tecnologia a favor da transformação. Isso continua, ou seja BPM como disciplina é uma coisa e BPMS uma das Tecnologias fundamentais na sua habilitação.
Por muitos anos tivemos BPMS como SUITES como comentei na palestra e com isso é quase que impossível habilitar o AGIL na automação. Talvez seja sua realidade.
Para habilitar o mindset AGIL é necessário uma combinação de método e plataforma.